segunda-feira, 15 de abril de 2013

25 anos depois...


Mais de 25 anos após o acidente, apenas parcela muito pequena das vitimas foi oficialmente reconhecida pelo governo, recebendo uma assistência paliativa e inadequada, segundo Odesson Alves Ferreira, vítima do acidente e presidente da Associação das Vítimas do Césio 137. Isso porque só são reconhecidas como vítimas as pessoas que tiveram contato direto com o material, seus descendentes em 1º e 2º graus e servidores que atuaram na remoção e vigilância do lixo radiativo, o que equivale a pouco mais de 600 pessoas não são reconhecidas. 

Vale lembrar que foi somente em 1999 que 186 dos 200 Policiais Militares que trabalharam no isolamento da área foram reconhecidos pelo Estado com vítimas do Césio 137. Mas seus familiares não. João Batista, um dos PMs nessa situação, tem dois filhos. Ambos têm problema de saúde. 

Ferreira afirma que não se põe na conta das vítimas as pessoas das redondezas dos quatro ferros-velhos por onde os resíduos passaram durante seu percurso, o que dá um total de cerca de 4 quilômetros quadrados de área diretamente afetada pelo Césio – muito mais do que os 300 metros reconhecidos oficialmente. Tampouco são contabilizadas as diversas vítimas indiretas, desde os familiares e pessoas próximas às vítimas diretas, até a população em geral, que entrou em contato com a substância em encontros ocasionais em ônibus, mercados, trabalho etc. 


Os casos são os mais escabrosos: o homem que trabalhava separando o metal e morreu sem o saco escrotal, que caiu por conta da doença; a enfermeira que trabalhou uma semana com os contaminados e morreu com mais de 20 tumores; a menina Leide, primeira vítima fatal, que ingeriu o material enquanto brincava com ele durante a refeição; o pai de família que só foi considerado vítima oficial do Césio uma semana antes da sua morte, de modo que não chegou a receber a pensão a que teria direito – nem tampouco sua família, já que a pensão é vitalícia (ou seja, não tem sucessores). 

Isso sem falar nos diversos processos discriminatórios que essas pessoas sofreram na sociedade, como estabelecimentos comerciais de vítimas que faliram por falta de fregueses, e pais que tiraram filhos de escolas para não conviver com crianças que tiveram contato com o Césio. 

Como se vê, não foi só a saúde física das vítimas que foi afetada pelo Césio, mas também a sua cidadania, sua moral. “As pessoas perderam, ao mesmo tempo, sua identidade geográfica (casas inteiras demolidas e aterradas), pessoal e física. E não receberam nenhum apoio psicológico do Estado.


Uma das maiores inconformidades dos envolvidos no acidente, no entanto, é com a falta de interesse do governo em apurar a sua real abrangência, até hoje. Ferreira conta que, diante dessa inércia, Sueli Lina da Silva, uma moradora da região, tomou a iniciativa de fazer uma pesquisa para descobrir os efeitos do acidente entre os moradores da região. Por essa pesquisa, até agora, em 114 famílias foram encontrados 56 casos de câncer, o que por si só mostra que o estrago foi muito maior do que as estatísticas oficiais indicam. 

É necessário que o governo dê mais atenção a esse caso, especialmente na área da ciência.  As vitimas precisam de assistência, do reconhecimento e não podem ser esquecidos.


Segunda guerra mundial


“Essa guerra é a continuação da outra”. Essa frase, dita por Churchil, definiu os motivos da 2ª guerra, e deixou clara a fragilidade das relações entre as potências vencedoras e os perdedores da guerra. As exigências abusivas da França e da Inglaterra pesavam desesperadamente o povo alemão. Os italianos sofreram perdas e não tiveram seus interesses atendidos, o que revoltou tanto o povo quanto as classes abastadas. Na Ásia, o Japão despontava como potência imperialista, e anos antes já tinha provado sua capacidade de guerra ao derrotar a Rússia, querendo expandir seus domínios no pacífico. A Áustria foi impedida de se unir a Alemanha. O império otomano esfarelou-se. A república de Weimar não foi capaz de assegurar uma vida minimamente digna a população, mesmo antes da crise de 1929. Os EUA, como país mais poderoso e industrializado da América, mantinha controle apenas sobre o “quintal” latino-americano, e não interferia em assuntos europeus.
Nós, acostumados a entender a segunda guerra como uma luta entre o bem e o mal, nos surpreendemos ao ver que existem interesses mais, digamos, egoístas, além da sempre proclamada defesa da democracia. Os grandes industriais alemães, se fossem vencedores da guerra, monopolizariam juntamente com a Itália e Japão, toda a produção industrial mundial, o que entraria em choque com os interesses americanos. Hitler se aproveitava da antiga rivalidade entre França e Inglaterra para manter acordos com os dois, e a União Soviética, ameaça mundial ou divino direito a propriedade e a exploração, assustava todos os governos e todas as elites.
Hoje pensar no holocausto nos traz uma infinita sensação de tristeza e indignação, e vemos os nazistas da época como monstros abomináveis. Poucas pessoas sabem, no entanto, que essa filosofia racista que já existia a séculos, foi desenvolvida nos EUA, entre os fins do século XIX e inicio de século XX. Encarada por muitos como uma “ciência higienista, com fins de limpar da humanidade as raças inferiores, e desenvolver uma sociedade sem defeitos nem vícios, desenvolvendo geneticamente todas as qualidades humanas possíveis”.  Ou seja, esse preconceito abominável com certeza não existiu (e existe) só na Alemanha.
O papel das mulheres, dos jovens, dos idosos, de todas as parcelas da população que são excluídas, de repente, se tornam extremamente necessária nos esforços de guerra. Desde a primeira guerra mundial que eles são convocados a trabalhar na produção de armamentos, de alimentos, roupas, equipamentos, toda uma indústria bélica que sustenta a guerra e enche os cofres dos poderosos. Quando a primeira guerra acaba, todas essas pessoas que contribuíram para a vitória (mesmo aqueles dos países derrotados) voltam para casa e não recebem os louros a que tem direito. 20 anos depois, todos aqueles que participaram de forma direta ou indireta da primeira guerra e que ainda estão vivos, são convocados a derramar suor sangue e lágrimas para lutar novamente. Mais uma vez famílias se separam, vidas se perdem, nascem filhos órfãos, jovens se prostituem em troca de migalhas com as quais se alimentar. Mais uma vez o medo toma conta de corações e mentes, e o heroísmo dos anônimos vai trucidar o inimigo.
Hitler e Mussolini, personagens principais da guerra, arrastam consigo milhões para o abismo do caos. Palavras bonitas em defesa da superioridade germânica e romana, jogando para os outros a responsabilidade dos fracassos nacionais. Sejam judeus, ciganos, homossexuais ou comunistas, todos que não estejam nos padrões característicos da superioridade são responsáveis pelos defeitos expugnáveis da nação. Tomando o poder devido a força bruta, ameaças caladas e manipulação,os ditadores intensificam as crises em nome de ideologias esdrúxulas, recorrem a intensa propaganda para alienar o povo. O primeiro, figura apagada na politica alemã, só recebe alguma atenção depois do golpe frustrado de Munique, preso, durante os anos na prisão escreve MeinKampf (minha luta) onde aborda todos os ideais de vida, politica, economia e “filosofia”. Galgando posições importantes dentro do pequeno partido nazista e utilizando-se de sua oratória teatral, Hitler, por sorte, azar ou acaso conseguiu se tornar chanceler alemão e depois da morte do presidente, líder supremo da nação alemã, dando inicio ao terceiro Reich. O segundo era comunista, mas foi expulso do partido socialista italiano. A ascensão meteórica de Mussolini foi consequência de vários fatores. A crise gerada pela guerra, as enormes perdas financeiras e humanas, a inflação e o desemprego, levaram à agitação política revolucionária das esquerdas. O governo parlamentar, não chegava a nenhum acordo, gerando impopularidade. Aproveitando a situação caótica, Mussolini tomou o poder e se tornou o ditador.
Confira  o vídeo que produzimos sobre a Segunda Guerra Mundial e as consequências das aplicações sobre os conhecimentos científicos sobre Radioatividade.

domingo, 14 de abril de 2013

Chuva Ácida


Com a  Revolução Industrial do século XVIII trouxe vários avanços tecnológicos e mais rapidez na forma de produzir, por outro lado originou uma significativa alteração no meio ambiente. As fábricas com suas máquinas a vapor queimavam toneladas de carvão mineral para gerar energia, lançando assim uma grande concentração de poluentes químicos, que são despejados na atmosfera diariamente.  Estes poluentes, originados principalmente da queima de combustíveis fósseis, formam nuvens, neblinas e até mesmo neve. Neste contexto, começa a surgir a chuva ácida. Porem, o termo apareceu somente em 1872, na Inglaterra. O climatologista e química Robert A. Smith foi o primeiro a pesquisar a chuva ácida na cidade industrial inglesa de Manchester.
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre que são resultantes da queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina, Petroleo, entre outros) e quando em contato com o hidrogênio em forma de vapor, formam ácidos como o ácido nítrico (HNO3), ou o ácido sulfúrico (H2SO4). Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, destruição de estautas, construções e monumentos a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças.
Este problema tem-se acentuado nos países industrializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e Índia. A setor industrial destes países tem crescido muito, porém de forma desregulada, agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio ambiente e ao ser humano. Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias, estavam gerando muitos problemas de saúde na população da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros defeitos físicos. A chuva ácida também provocou desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.
A chuva ácida também causa a acidificação do solo tornando-o improdutivo e mais suscetível à erosão. A acidez do solo, inclusive, é um dos principais fatores para a diminuição da cobertura vegetal em diversos países. Estudos recentes publicados pelo WWF (Fundo Mundial para a Natureza) apontam que a chuva ácida já um dos principais responsáveis pelo desmatamento na Mata Atlântica.
Para o homem o acúmulo de dióxido de enxofre no organismo pode levar à formação de ácidos no corpo humano causando até danos irreversíveis aos pulmões. Na Inglaterra, em 1952, na cidade de Londres, cerca de 4000 pessoas morreram por causa da emissão de dióxido de enxofre pela queima de carvão nas indústrias e nas casas. O pior de tudo é que nem sempre a chuva ácida cai sobre a local onde foi feita a emissão de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio. Como essas substâncias estão em forma de gás, elas podem ser transportadas pelo vento por quilômetros de distância antes de cair na forma de chuva. Estudos feitos pela WWF mostraram que nos países ricos o problema também aparece. Na Europa, por exemplo, estima-se que 40% dos ecossistemas estão sendo prejudicados pela chuva ácida e outras formas de poluição.

Referências:
http://www.infoescola.com/quimica/chuva-acida/
http://www.suapesquisa.com/chuvaacida/
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/

Efeitos nocivos da radiação



Os efeitos da radiação nuclear para a saúde dependem do tempo e do grau de exposição a que o indivíduo permaneceu, sendo que quanto mais tempo estiver exposto, maior o risco de desenvolver doenças, porém pouco tempo de exposição a uma grande quantidade de radiação possa ser fatal. Entretanto quando a radiação nuclear atinge o corpo humano, existem duas hipóteses, causar uma queimadura grave, devido à exposição aos raios alfa, ou sofrer alterações celulares que podem causar doenças, inclusive o câncer, no caso do contato com os raios beta e gama.
As principais doenças causadas logo após a exposição à radiação nuclear alta são:
· Queimaduras
*                      Síndrome cerebral
o          Distúrbios gastrointestinais
ü     Doenças do sangue (leucemia)
v     Infertilidade

· As queimaduras por radiação são causadas pela transferência da mesma para o corpo, sendo radiação solar a mais comum;
*                      A síndrome cerebral é um tipo de inflamação do tecido cerebral, que acontece quando há uma exposição muito alta  ao material radioativo, e sempre leva à morte;
o          Os distúrbios gastrointestinais são graves e são causados pela destruição da mucosa e levar a morte em menos de 1 semana;
· A radiação também provoca doenças do sangue, porque promove destruição da medula óssea, baço e dos gânglios linfáticos que são responsáveis por criar novas células sanguíneas, que pode levar a morte em até 3 semanas após a exposição à radiação;
v     A Infertilidade, a falta de menstruação, diminuição da libido, catarata e anemia, também podem ser consequências imediatas à exposição radioativa nuclear.
Outro malefício da radiação está na capacidade de afetar a vida do feto que está em desenvolvimento no organismo da mãe, provocando assim alterações em sua estrutura genética. O descendente tem a possibilidade de trazer conseqüências ao nascer, como problemas de saúde, assim como a perda de membros. Um exemplo foi o acidente desastroso ocorrido na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, que matou milhares de pessoas.
Para se proteger da exposição à radiação nuclear e dos seus efeitos no caso de algum acidente nuclear, é preciso:
1.               Limitar o tempo de exposição à fonte de radiação.
2.               Ir para o mais longe possível da fonte de radiação. No caso de um acidente nuclear em alguma central é necessário evacuar o perímetro ao redor da fuga de radiação e a distância dependerá da quantidade da fuga.
3.               Usar roupas próprias que dificultem a passagem da radiação até o contato com a pele. Em áreas contaminadas por radioatividade nuclear é proibido fumar, comer ou beber água.
Dessa forma, a contaminação radioativa pode ocorrer externamente através do ambiente contaminado ou pela ingestão de comida contaminada. Ambos os tipos de radiação podem ser fatais. Por isso a organização mundial de saúde aconselha também às pessoas usarem luvas de vinil, máscaras para filtrar o ar e lavar com frequência as mãos evitando levar as mãos à boca.
Como minimizar os efeitos da radiação ionizante
Os efeitos da radiação devem ser minimizados, tendo como iniciativa uma avaliação de risco, sendo correto fazer um planejamento das atividades a serem desenvolvida, utilização de instalações e de práticas corretas, de forma que diminua a intensidade das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais. Com isso devem-se considerar três fatores para o controle de doses nas pessoas. O primeiro a ser analisado é o tempo, porque a dose recebida é proporcional ao tempo de exposição e à velocidade da dose. Depois avaliamos à distância, ou seja, a intensidade da radiação decresce com o quadrado da distância e por fim a blindagem que a sua espessura depende do tipo de radiação, da atividade da fonte e da velocidade de dose aceitável após a blindagem. Dessa forma, é de extrema importância o uso de blindagem nos comandos dos equipamentos para a proteção do trabalhador.

Monitorização da exposição
A exposição externa é resultante de fontes externas ao corpo, proveniente dos raios X ou fontes radioativas. Já a exposição interna, resulta da entrada de material radioativo no organismo por inalação, ingestão, ferimentos ou absorção pela pele. O tempo de manifestação dos efeitos causados por estas exposições pode ser tardio, os quais se manifestam após 60 dias, ou imediatos, que ocorrem num período de poucas horas até 60 dias. Quanto ao nível de dano, os efeitos podem ser somáticos, que acontecem na própria pessoa irradiada ou hereditária, os quais se manifestam na prole do indivíduo como resultado de danos causados nas células dos órgãos reprodutores. 
Exposição única: Radiografia convencional;
Exposição fracionada: Radioterapia (a exposição total necessária para a        destruição da neoplasia é fracionada em 10 ou mais sessões);
Exposição periódica: Originada da rotina de trabalho com materiais radioativos;
Exposição de corpo inteiro:Irradiadores de alimentos, acidentes nucleares;
Exposição parcial: Acidentes, pessoa que manipula radionuclídeos (exposição das mãos);
Exposição colimada: Radioterapia (o feixe é colimado à região do tumor);
 Feixe Intenso: Esterilização e conservação de alimentos, radioterapia (3000 cGy; aproximadamente 2Gy/aplicação);
Feixe Médio: Radiodiagnóstico (alguns mGy/incidência);
Feixe Fraco: Radioatividade natural (1mGy/ano);


Os efeitos da exposição pré-natal, são altamente dependes do período de gestação. Alguns exemplos são: entre 0-3 semanas, o efeito mais importante é a falha de fixação do embrião e sua conseqüente morte. De 3 semanas em diante, pode apresentar má formação no órgão que estiver se desenvolvendo na época da exposição. Existem também efeitos de aumento na probabilidade de ocorrência de câncer no recém-nascido e redução do QI. Estudos advindos dos acidentes nucleares de Hiroshima e Nagasaki demonstraram que se a exposição ocorrer entre 8-15 semanas há uma redução de 30 pontos de QI/Sv. Se a exposição for ao período entre 16-25 semanas, esta redução é menor que 30 pontos de QI/Sv. Pode ainda ocorrer retardo mental severo. Exposição durante qualquer período da gravidez tem uma chance de 1/50.000 de causar câncer infantil. 
Com isso existem também exposições relacionadas à exposição e intensidade podendo variar e são exemplificadas abaixo:

Referências:

http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/energia-nuclear-saude.htm
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Saude/86794,,Braquiterapia+cura+de+95+dos+tumores+de+prostata.aspx
http://saude.ig.com.br/minhasaude/exames/mamografia/ref1237835444953.html

Radiação na Medicina

A Radioterapia tem como contribuição para a medicina, alguns tratamentos, dentre eles: Radioterapia, Braquiterapia, Radioisótopos,


Radioterapia
A radioterapia consiste na utilização da radiação ionizante que não utilizar uma grande dose de imediato, essa dose é dividida em várias seções, para o tratamento de lesões benignas: (queloides e malformações arteriovenosas), malignas (tumores do sistema nervoso central,cabeça, pescoço, hematológicos, linfáticos, mama, pulmão, reto e canal anal, próstata, bexiga, ginecológicos, pâncreas, esôfago, estômago, fígado e vias biliares, tiroide, pele, baço, testículos, pénis), entre outros ou profilaticamente nalguns tumores malignos, essa radiação é produzida través de um acelerador linear ou através de isótopos radioativo.
Radiação significa a propagação de qualquer tipo de energia, como o calor e a luz. Normalmente, o termo ‘radiação’ se refere a um tipo que faz mal para os organismos biológicos, chamado radiação ionizante.
Com o uso da radiação ionizante vai haver uma alteração no material genético impedindo a capacidade que a célula cancerígena tem de se multiplicar. Desta forma o tumor não se desenvolve em médio prazo regride, pois as células que compõem o tumor não terão mais a capacidade de regeneração.
A radioterapia possui duas variantes:
· Radioterapia Externa (a mais utilizada) - o tumor recebe radiação proveniente do exterior do corpo (acelerador)
· Braquiterapia - é implantado diretamente no tumor ou próximo deste
A radioterapia ela pode ser utilizada com o intuito curativo, onde vai ser utilizada em um tratamento que ainda há possibilidade de cura ou com o intuito paliativo onde essa radiação vai ser utilizada no intuito de melhorar a vida do paciente.
É importante saber que:
E ao contrario do que muitas pessoas pensam após o tratamento os pacientes não ficam radioativos, os cabelos não caem o que cai é apenas os pelos da área que foi irradiada o único problema que pode ocorrer é a radio dermite provocada pelas altas quantidades de radiação que os pacientes são submetidos.
A utilização desse tratamento é completamente indolor e a radiação ela não pode ser vista nem sentida enquanto está sendo manuseada.
Braquiterapia
A Braquiterapia é um procedimento bastante utilizado no tratamento de cânceres ginecológicos, de próstata e mama, sendo a braquiterapia a medicação mais utilizada no combate ao câncer de próstata com eficácia que, dependendo do estágio desta enfermidade, pode chegar a até 95%.
Esse equipamento funciona com um sistema de implante temporário de sementes radioativas, em que a fonte entra em contato com a massa tumoral por meio de uma técnica conhecida como “afterloading” ou “pós-carga”.  Com o uso de sondas ou aplicadores radiação é emitida até a área comprometida e retorna a maquina em um curto intervalo de tempo. As sementes são teleguiadas por mediação de ultrassom, e com isso são implantadas no local onde o câncer foi diagnosticado, e através de um sistema de planejamento em terceira dimensão, podem ser aplicadas altas taxas de doses na área comprometida mais rapidamente. O planejamento utilizado, geralmente é computadorizado com visualização 3D, proporcionando que se efetue uma distribuição uniforme de dose em toda a área a ser tratada.
A braquiterapia é usada no combate ao câncer de mama, em estágios iniciais, como um reforço de dose “boost” ou como radioterapia intra-operatória.  Como radioterapia permite a maior precisão na aplicação, preservando alguns órgãos do corpo que não podem ser irradiados fazendo-se importantíssimo administrar doses maiores da medicação com toda segurança oferecendo índices favoráveis de controle da doença.  Assim como a braquiterapia, a radioterapia permite o aumento da qualidade de vida dos pacientes oncológicos sendo uma das ferramentas mais usadas em tratamentos multidisciplinares (tratamento cirúrgico e quimioterápico do câncer de mama). Estudos comprovam que além do uso para cura de doenças, permite ainda preservar a potência sexual em quase 70%, em que, dos 30% restantes, mais da metade conseguem complementar a reversão do problema com alguns medicamentos de uso oral, superior às cirurgias, onde os índices estão por volta de 40% de preservação da potência sexual. Atualmente o câncer de próstata é um dos tumores mais frequente em homens, representando cerca de 40% dos cânceres que atingem a população masculina brasileira acima dos 50 anos de idade.
Radioisótopos
Radioisótopos são materiais radioativos formados por Isótopos (átomos com o mesmo número atômico e diferente número de massa) utilizados na Medicina nuclear, que vem se fazendo útil para os seres humanos desde 1948. Esse tratamento começou com o uso de substâncias radioativas, que são absorvidas pelos tumores sendo a irradiação agindo da parte externa para a interna.  Existem dois tipos de Isótopos: os radioativos e não radioativos.  Entender qual a origem, a presença e a diferença de isótopos nos possibilita saber os limites naturais de segurança radiológica, para assim projetar a obtenção e seu uso de modo seguro.
É comum introduzir-se no organismo de alguns pacientes radioisótopos artificiais, denominados radio traçadores, ao serem transportados pelo corpo do paciente, são emitidas radiações que permitem seu monitoramento e por onde passam se depositaram, permitindo o mapeamento dos órgãos.
O iodo-131 é um exemplo de radioisótopo muito usado no tratamento do câncer da tireoide, em que suas radiações gama se acumulam nesse órgão e destroem as células cancerígenas. Por mio dos radioisótopos pode-se produzir imagens do órgão que recebe as radiações beta e gama que incidem sobre filmes fotográficos. As imagens também são geradas por radioisótopos que emitem pósitrons sendo possível detectar se a lesão em questão é benigna ou maligna.
Além dos tratamentos acima apresentados, a radiação pode ajudar a diagnosticar enfermidades, como por exemplo: Radiografia, Tomografia, Mamografia.
Radiografia 
A radiografia ou "raios X" como são popularmente conhecidos, são exames médicos que auxiliam os médicos a diagnosticarem e tratarem algumas doenças. Consiste na exposição de uma parte do corpo por uma pequena dose de radiação ionizante para produzir imagens do interior do organismo (a forma mais antiga e frequente de obter representações visuais clínicas).Os raios X atravessam a maioria dos objetos, inclusive o corpo. Uma vez que o aparelho está corretamente direcionado à parte do corpo que será examinado, o feixe de raios X atravessa o corpo produzindo uma imagem, registrada por uma placa especial de registro de imagens que quando obtidas pela radiografia são usadas para avaliar mudanças ósseas, detectar a presença de câncer, avaliar lesões ou danos (causados por infecções, artrite, crescimentos ósseos anormais ou osteoporose), guiar cirurgias ortopédicas, constatar se existe acúmulo de líquido na articulação ou em volta dos ossos, garantir se uma determinada fratura consolidou corretamente e determinar se um osso está quebrado ou uma articulação está deslocada.
Algumas vantagens da radiografia são: os raios X normalmente não têm efeitos secundários; a exposição a este tipo de radiação não causa danos organismo; rápida avaliação e visualização de ossos fraturados e problemas nas articulações; grande utilidade em casos de emergência. Porém alguns cuidados devem ser tomados como: comunicar ao médico a possibilidade da paciente estar grávida, caso em que serão tomadas medidas para não provocar danos ao feto e utilizar sempre a menor dose de radiação possível, visto que toda exposição à radiação é nociva em potencial.
Mamografia
A mamografia é uma imagem radiográfica da mama, obtida de um aparelho de raio X chamado de mamógrafo, permite identificar o câncer de mama. Durante o exame de mamografia o paciente é posicionado, despido da cintura pra cima, próximo a maquina onde o seio será pressionado por alguns segundos, registrando três imagens de cada seio. É recomendado para este exame que seja feito após a menstruação, já que as mamas não estarão mais doloridas. É importante ressaltar que para o exame de mamografia não pode usar desodorante, creme, talco ou perfume nas mamas e nas axilas antes da realização do mesmo.
Tomografia
A tomografia é um exame que utiliza o raio X para obtém-se imagens radiográficas detalhadas de ossos, órgãos e  outras estruturas do corpo. As imagens computadorizadas conseguem detectar alterações quase imperceptíveis nos ossos, tecidos, órgãos e outras estruturas do corpo, como tumores, nódulos, vasos pulmonares e cerebrais.  Precisando de um acompanhamento profissional para orientar o paciente sobre o que fazer antes, durante e após o exame. . Na tomografia o paciente fica deitado em uma maca dentro de uma espécie de tubo, onde as imagens serão registradas através de radiografias transversais, como se fossem fatias do corpo. É indicado fazer em jejum de 6 horas para caso seja necessário o uso do contraste venoso que é injetado na veia (o contraste é contra indicado se o paciente apresentar algum tipo de alergia ao iodo e seus derivados).
Além de todo esse benefício que a radiação pode trazer a vida humana, quando manejado de forma correta, é preciso se prevenir quanto a exposição a esses tipos de materiais. 

O que é a Radiação?



Radiação é aquilo que irradia (sai em raios) de algum lugar. Em física, o termo refere-se usualmente a partículas e campos que se propagam (transferindo energia) no espaço (preenchendo ou não por matéria). Existem radiações ionizantes e não ionizantes.

A radiação ionizante é a utilizada nos tratamentos médicos Desde a sua descoberta, foram encontradas importantes aplicações e desenvolvidas inúmeras tecnologias para sua obtenção.

Apesar da enorme preocupação que o tema exerce, a radioatividade existe em inúmeras aplicações do cotidiano. Em um irradiador industrial, a esterilização de alimentos ou assepsia em larga escala de materiais hospitalares é conseguida pela exposição controlada dos mesmos a altas doses de radiação.
Através do uso de materiais radioativos, pode-se recorrer a técnicas radiológicas muito sofisticadas (como o SPECT – tomografia computadorizada por emissão de único fóton - e o PET – tomografia por emissão de pósitron). E, pela técnica chamada “medicina nuclear”, átomos radioativos, associados a drogas farmacológicas específicas, conseguem eficientemente ser depositados próximos a tumores cancerígenos.
Na medicina
· Radiologia – obtenção de imagens radiográficas para auxiliar os diagnósticos
· Radioterapia – tratamento de tumores
· Medicina nuclear – tanto para o diagnóstico como para o tratamento de doenças.

Efeitos da radiação:
Pode provocar o aparecimento de enfermidades como o câncer, hemorragias, problemas digestivos, infecções ou doenças autoimunes: o impacto da radiação nuclear, potencialmente devastador, varia dependendo da dosagem.
Em grandes doses, existe uma relação direta entre a quantidade de radiação recebida e a patologia induzida. As contaminações brutais, como aquelas provocadas pelas bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, podem causar problemas durante décadas.
Os efeitos biológicos variam também segundo a natureza da radiação e os órgãos atingidos (ovários ou testículos são considerados 20 vezes mais sensíveis do que a pele) pelo câncer ou pela via de absorção (oral ou cutânea) e a susceptibilidade individual (capacidade de reparar o DNA).

Chernobyl


No ano de 1986, os operadores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse possível, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento de uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.


Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo.


Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat.


Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado.


Para alguns especialistas, as dimensões catastróficas do acidente nuclear de Chernobyl poderiam ser menores caso esse modelo de usina contasse com cúpulas de aço e cimento que protegessem o lugar. Não por acaso, logo após as primeiras ações de reparo, foi construído um “sarcófago” que isolou as ruínas do reator 4. Enquanto isso, uma assustadora quantidade de óbitos e anomalias indicava os efeitos da tragédia nuclear.


Buscando sanar definitivamente o problema da contaminação, uma equipe de projetistas hoje trabalha na construção do Novo Confinamento de Segurança. O projeto consiste no desenvolvimento de uma gigantesca estrutura móvel que isolará definitivamente a usina nuclear de Chernobyl. Dessa forma, a área do solo contaminado será parcialmente isolada e a estrutura do sarcófago descartada.


Apesar de todos esses esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.