segunda-feira, 15 de abril de 2013

Segunda guerra mundial


“Essa guerra é a continuação da outra”. Essa frase, dita por Churchil, definiu os motivos da 2ª guerra, e deixou clara a fragilidade das relações entre as potências vencedoras e os perdedores da guerra. As exigências abusivas da França e da Inglaterra pesavam desesperadamente o povo alemão. Os italianos sofreram perdas e não tiveram seus interesses atendidos, o que revoltou tanto o povo quanto as classes abastadas. Na Ásia, o Japão despontava como potência imperialista, e anos antes já tinha provado sua capacidade de guerra ao derrotar a Rússia, querendo expandir seus domínios no pacífico. A Áustria foi impedida de se unir a Alemanha. O império otomano esfarelou-se. A república de Weimar não foi capaz de assegurar uma vida minimamente digna a população, mesmo antes da crise de 1929. Os EUA, como país mais poderoso e industrializado da América, mantinha controle apenas sobre o “quintal” latino-americano, e não interferia em assuntos europeus.
Nós, acostumados a entender a segunda guerra como uma luta entre o bem e o mal, nos surpreendemos ao ver que existem interesses mais, digamos, egoístas, além da sempre proclamada defesa da democracia. Os grandes industriais alemães, se fossem vencedores da guerra, monopolizariam juntamente com a Itália e Japão, toda a produção industrial mundial, o que entraria em choque com os interesses americanos. Hitler se aproveitava da antiga rivalidade entre França e Inglaterra para manter acordos com os dois, e a União Soviética, ameaça mundial ou divino direito a propriedade e a exploração, assustava todos os governos e todas as elites.
Hoje pensar no holocausto nos traz uma infinita sensação de tristeza e indignação, e vemos os nazistas da época como monstros abomináveis. Poucas pessoas sabem, no entanto, que essa filosofia racista que já existia a séculos, foi desenvolvida nos EUA, entre os fins do século XIX e inicio de século XX. Encarada por muitos como uma “ciência higienista, com fins de limpar da humanidade as raças inferiores, e desenvolver uma sociedade sem defeitos nem vícios, desenvolvendo geneticamente todas as qualidades humanas possíveis”.  Ou seja, esse preconceito abominável com certeza não existiu (e existe) só na Alemanha.
O papel das mulheres, dos jovens, dos idosos, de todas as parcelas da população que são excluídas, de repente, se tornam extremamente necessária nos esforços de guerra. Desde a primeira guerra mundial que eles são convocados a trabalhar na produção de armamentos, de alimentos, roupas, equipamentos, toda uma indústria bélica que sustenta a guerra e enche os cofres dos poderosos. Quando a primeira guerra acaba, todas essas pessoas que contribuíram para a vitória (mesmo aqueles dos países derrotados) voltam para casa e não recebem os louros a que tem direito. 20 anos depois, todos aqueles que participaram de forma direta ou indireta da primeira guerra e que ainda estão vivos, são convocados a derramar suor sangue e lágrimas para lutar novamente. Mais uma vez famílias se separam, vidas se perdem, nascem filhos órfãos, jovens se prostituem em troca de migalhas com as quais se alimentar. Mais uma vez o medo toma conta de corações e mentes, e o heroísmo dos anônimos vai trucidar o inimigo.
Hitler e Mussolini, personagens principais da guerra, arrastam consigo milhões para o abismo do caos. Palavras bonitas em defesa da superioridade germânica e romana, jogando para os outros a responsabilidade dos fracassos nacionais. Sejam judeus, ciganos, homossexuais ou comunistas, todos que não estejam nos padrões característicos da superioridade são responsáveis pelos defeitos expugnáveis da nação. Tomando o poder devido a força bruta, ameaças caladas e manipulação,os ditadores intensificam as crises em nome de ideologias esdrúxulas, recorrem a intensa propaganda para alienar o povo. O primeiro, figura apagada na politica alemã, só recebe alguma atenção depois do golpe frustrado de Munique, preso, durante os anos na prisão escreve MeinKampf (minha luta) onde aborda todos os ideais de vida, politica, economia e “filosofia”. Galgando posições importantes dentro do pequeno partido nazista e utilizando-se de sua oratória teatral, Hitler, por sorte, azar ou acaso conseguiu se tornar chanceler alemão e depois da morte do presidente, líder supremo da nação alemã, dando inicio ao terceiro Reich. O segundo era comunista, mas foi expulso do partido socialista italiano. A ascensão meteórica de Mussolini foi consequência de vários fatores. A crise gerada pela guerra, as enormes perdas financeiras e humanas, a inflação e o desemprego, levaram à agitação política revolucionária das esquerdas. O governo parlamentar, não chegava a nenhum acordo, gerando impopularidade. Aproveitando a situação caótica, Mussolini tomou o poder e se tornou o ditador.
Confira  o vídeo que produzimos sobre a Segunda Guerra Mundial e as consequências das aplicações sobre os conhecimentos científicos sobre Radioatividade.

Um comentário:

  1. Excelente. Acho, inclusive, que vcs podem publicar esse texto numa revista. Está bem escrito, as ideias estão bem organizadas. Porém, no que se refere à bomba atômica, à radiação, à tensão que se estabeleceu no período da guerra fria, não encontrei nada disto no texto de vcs. Deve estar no vídeo. Porém, não consegui assisti-lo.

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